Calendário de Setembro – Minhas mudanças

Olá amigas e amigos! Com um leve atrasinho, eis aqui nosso calendário para esse maravilhoso Setembro que temos pela frente. Já imprimi o meu pra anotar todos os posts e vídeos desse mês, e espero que vocês usem muitão também!

Fiquei muito feliz que vocês gostaram dessa ideia, de verdade.

Eu e a Jackie pensamos com muito carinho nisso e ver que cês curtiram é muito legal!

Calendário de Setembro – Minhas mudanças

Setembro é o mês que escolhemos ler uma autora nacional no Clube do Livro, e coloquei em votação alguns nomes que me sugeriram. “As Meninas“, romance de Lygia Fagundes Telles, publicado em 1973, foi o escolhido pela maioria, e eu adorei! Eu já li, faz algum tempo, e gostei demais!

Ele conta a história de três amigas, Lorena, Lia e Ana Clara, vivendo a adolescência na Ditadura Militar, mas não usa uma narrativa comum, o que é bem interessante e intrigante. Tô animado pra ler de novo 🙂

Tá, e o calendário? Tá aqui embaixo! Vocês já sabem o esquema: clica em cima pra abrir o PDF em alta, grandão, pra você imprimir bem lindo!

Por que eu escrevo?

Setembro é meu segundo mês favorito. Ele poderia fácil ser o primeiro, não fosse o Natal e meu aniversário, que acontecem em Dezembro, tornando-o indiscutivelmente meu mês preferido. Mas Setembro se esforça. Os dias, as flores, o clima, amo tudo o que existe a respeito de Setembro. E tem mais uma coisa especial sobre esse mês: foi nele que eu criei esse blog. Não é pouca coisa, né gente?

Semana que vem o blog faz três anos, e eu quero fazer algo especial. Mas não só no dia, no mês inteiro. Quero estar mais próxima de vocês e desafiar meus limites. Espero que seja tão legal quanto estou imaginando (para os amigos preocupados: as horas de sono a gente compensa quando for aposentado rs) 😀

Pra gente começar, vi essa postagem no blog da Sofia Soter, editora da Capitolina, respondendo algumas perguntas sobre “por que eu escrevo”. É algo sobre o qual eu penso vez ou outra, mas não sei se já falamos disso por aqui. E como escrever é uma das coisas que mais gosto de fazer, quis muito responder!

O que eu ando escrevendo?

Eu praticamente passo meus dias escrevendo. Escrevo pro Petiscos, todos os dias, e se vocês quiserem me ler por lá, o caminho. E quando chego em casa, escrevo mais, pro blog. Mas são essas duas coisas que me fazem escrever e já me mantém bastante ocupado com as palavras. Na real, eu queria voltar a escrever um diário. Claro que conto muita coisa por aqui já, mas tem tantas outras que não consigo expor, mas que me fazem bem pensar sobre…

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Como minha escrita se diferencia de outras no gênero?

Meu deusinho, que pergunta difícil. Eu não sei exatamente qual é meu gênero, até porque falo de tanta coisa diferente, que não sei se me encaixo em um gênero. Acho que na real seria algo tipo “blog pessoal”, e não sei se faço alguma coisa diferente das pessoas que também têm blog-tipo-diário. Mas quando escrevo é basicamente como eu falo, talvez com um pouco mais de reflexão antes de botar pra fora, mas eu não fico pensando necessariamente se as frases estão bonitas ou uma palavra vai combinar mais.

Só em questão gramatical (faz sentido? dá pra entender? essa vírgula tá no lugar que deveria estar? essa palavra está repetindo e não deveria repetir?), de resto, tudo uma torrente de emoções, como contei nesse vídeo aqui. Mas mais do que estilo, o que me preocupa é o conteúdo. Sobre o que estou falando. Esse blog virou meu refúgio e, surpreendentemente, virou refúgio de muitas de vocês também. Muita gente me escreve dizendo que se sente bem aqui, que se sente acolhida, e isso é algo que não tem o que pague. Então isso é sempre minha preocupação quando vou escrever. Se é algo que vai me fazer bem e também se vai ajudar, talvez, quem leia. Acho que no fim é minha busca por me amar mais, ser mais feliz, me aceitar mais e entender mais o mundo de um jeito que vocês também se sintam assim. Estamos nessa juntos 🙂

Por que eu escrevo?

Porque me faz bem. Porque amo contar as coisas e amo me descobrir através da escrita. Eu não fui nenhum prodígio da leitura ou da escrita quando era criança, e o primeiro livro que ganhei foi aos oito anos, da minha tia Nina, “A Charada do Sol e da Chuva”, enquanto minhas primas que estudavam em escola particular já liam e tinham aprendido a ler há um tempão. Mas eu peguei gosto e virei uma leitora voraz, lendo tudinho que passava pela minha frente. Meu pai também me contava histórias antes de dormir, quando era mais novinho, então acho que eu já tinha o bichinho da leitura plantado em mim. Daí pra escrever minhas próprias coisas, foi um pulo.

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Quando ganhei meu primeiro computador, eu já era adolescente, tinha 14 anos, qual foi a primeira coisa que eu fiz? Comecei a escrever, claro. Meu primeiro blog foi feito aos 15 anos, no LiveJournal, e nunca parei. Descobri na escrita uma paixão, um trabalho, uma cura. Toda vez que algo me incomodo, eu tento escrever sobre. Toda vez que algo me machuca, eu escrevo. Toda vez que algo muito bom acontece, eu escrevo. E, como disse ali em cima, foi uma surpresa maravilhosa descobrir que o que me faz bem, faz bem pra outras pessoas também. Então hoje eu tenho todas essas motivações multiplicadas por todos vocês que vêm aqui me ler. É o meu jeito de lidar com o mundo, com as emoções, com as dúvidas, com praticamente tudo na minha vida.

Como eu escrevo?

Praticamente tudo no computador. Antes eu escrevia primeiro no Word e depois no WordPress, mas fui mudando -sem nenhum motivo específico- pra escrever direto no WordPress, tanto aqui no blog, quanto no trabalho. Entrevista ou matérias muito grande e eu começo sempre no Google Docs, que é pra poder me organizar melhor e poder acessar de qualquer lugar. Às vezes, eu escrevo à mão, mas vou contar disso ali embaixo. Em casa eu praticamente só escrevo na cama, porque minha mesinha é muito cheia de coisas e acaba sendo meio desconfortável.

Eu adoro escrever na cama, mas minha coluna não, claro. Mas se o blog é meu refúgio emocional, minha cama é meu refúgio físico. São duas coisas que se completam e eu me sinto muito confortável (psicologicamente e fisicamente) na minha cama, de pernas cruzadas tipo índio, o notebook apoiado em uma almofada e vários travesseiros atrás de mim. Ah, tem que ter música. Praticamente tudo que já escrevi nesse vida, foi ouvindo música. Eis uma coisa que me ajuda loucamente na concentração, na organização dos pensamentos. Dependendo do que vou escrever, escolho algo específico para aquilo. No texto do meu pai, ouvi músicas que me lembravam dele e da minha infância.

Na minha carta, escutei o que ouvia na adolescência. Tento sempre botar algo que me deixe mais sensível ou até frágil, pra eu entrar mesmo em contato com as minhas emoções. Música é um troço bem importante pra mim, eu até durmo ouvindo música (e não, não são músicas feitas pra gente dormir hahaha), então claro que música tem muito a ver com tudo isso aqui. Ah, e quando eu posso, tomo muito, muito café. Digo “quando eu posso” porque estou fazendo clareamento, aka: período mais triste da vida sem café.

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Como eu supero bloqueios criativos?

Eu tenho muito bloqueio, porque como escrevo muito, às vezes parece que não tenho mais o que falar. Muitas vezes acho que o assunto não é interessante, ou que vocês vão odiar, e aí travo. No trabalho é mais tenso, não dá pra ter bloqueio criativo, né gente, haha. Mas rola, claro.

Daí tomo café, dou uma volta, ouço uma música, escrevo sobre outra coisa. E às vezes a saída é uma só: começo a escrever à mão. Pois é, quando tudo parece perdido, pego um bloquinho e começo a despejar ali tudo o que tô pensando, e costuma funcionar. Fica tudo meio bagunçado, mas depois leio aquilo e começo a organizar pra botar na tela. Eu gosto muito de escrever à mão, e esse é um dos motivos pelos quais amo agenda de papel, amo listas de papel, porque escrever (com papel e caneta) é uma das coisas mais legais pra mim. Eu deveria inclusive voltar a escrever cartas.

Mas aqui, no blog, o que acontece é que quero muito escrever, mas estou mal. Estou triste, estou passando por algo, e simplesmente não consigo. E às vezes nem é nada “sério”, mas esse lugarzinho aqui merece o meu melhor, merece eu estar pronto pra falar de algo, entendem? E enquanto não passa o que quer que seja que eu esteja sentindo, fica difícil me expor aqui. Quando eu estou com muito bloqueio, prefiro não forçar. Vejo um filme, um seriado, cozinho com os meninos, fico com eles de bobeira. Até melhorar 🙂

Uma coisa que a Sofia disse que faz e que também me ajuda é falar sobre o assunto que quero escrever com as pessoas. Mas ao invés de áudio no Whats App, eu falo ao vivo, com quem quer que esteja perto de mim. Eis outro jeito de organizar a minha cabecinha. Geralmente a pessoa fala um negocinho que pronto, me ajuda muito. Desata o nó, sabe?

Espero que tenham gostado e até amanhã.